Uma jovem professora vai trabalhar em uma escola que fica no coração da Floresta Amazônica. Chega animada, carregada de livros, e seus alunos logo se encantam pelas histórias que ela lhes conta.
Um dia, porém, a “grande serpente” desperta e sai carregando tudo o que vê pela frente: casas, plantações, animais e até mesmo a escola da professora e seus livros! Desolada, a jovem descobre, então, que tem mais a aprender com seus alunos e familiares que a ensinar, pois nem todas as histórias e os conhecimentos estão nas páginas de seus livros.
Acostumada à vida urbana e à cultura letrada, a jovem professora viverá um intenso processo de adaptação à realidade e à cultura da comunidade de seus alunos, confrontando-se com valores e conhecimentos de mundo em relação aos quais não está familiarizada e precisará ser “alfabetizada”.
Metáfora da força da natureza, a “grande serpente” representa o poder avassalador do rio e das águas que regem as florestas e a vida de seus habitantes.
Este livro homenageia não apenas as professoras, mas principalmente a cultura e a riqueza das narrativas dos povos da floresta, cujas lendas e riqueza cultural sobrevivem ao tempo por meio da transmissão oral entre as gerações, do respeito aos mais velhos e à sabedoria ancestral.